No Pulo do Lobo o rio Guadiana é fortemente erosivo, ganha um vigor raramente adquirido, iniciando a escavação do seu leito primitivo e formando uma garganta escarpada de 20 metros de altura. Após se precipitar de cerca de 16 metros de altura sobre o pego do Sável, o rio avança em busca da foz.
Por cima deste vale activo, é visível um vale superior mais antigo, registo de épocas passadas em que o rio corria mais alto.
O desnível do Pulo do Lobo formou-se durante a regressão marinha que ocorreu na fase glaciar Würm, desde então o rio procura desenfreadamente estabilizar o seu leito.
Nesta procura, vai formando as marmitas de gigante, cavidades circulares na rocha causadas pelo movimento em turbilhão dos seixos e que são dos aspectos geológicos mais curiosos que se podem observar no vale do Guadiana
O rio Guadiana corre sobre quartzitos, rochas muito duras, resistentes à erosão fluvial e responsáveis pela existência das quedas de água do Pulo do Lobo e também pelo aspecto encaixado do rio.